Tum tum, bate coração..

Uma das coisas mais impressionantes na vida de um pai, durante o período de gravidez da mulher, talvez seja escutar o coração do bebê pela primeira vez!

O dia já amanhece diferente, com a ansiedade a flor da pele. E o tempo até a hora do exame (no nosso caso na hora do almoço) parece não querer passar, como se ainda fossemos crianças a espera do Papai Noel, mas que na verdade somos adultos a espera do pequeno presente trazido pela "cegonha".

Os minutos que antecedem o exame podem ser constrangedores para os demasiadamente tímidos, porém, nada que afete a beleza do momento e talvez venha a calhar para acalmar os ânimos que, nesse momento, atuam como elemento de tortura para a ansiedade.

A tela em preto e branco, que parece não querer sintonizar nenhum canal consegue achar o melhor deles, com um grande ser de 1,5 centímetros e que o médico diz ser o seu filho.
As lágrimas já começam a querer aparecer ali e você tenta ser forte, já que nem o escutou ainda.

Logo o médico vem acabar com sua força, "mudando a sintonia da TV", aumentando o volume e dizendo que este é o coração, ao que você escuta algo extremamente acelerado, e duvidando que este pequeno ser possa ter um coração que faça até 160 batidas por minuto, o dobro de nós adultos.

A Ferrari dos corações realmente te leva a felicidade em alta velocidade, quebrando a barreira da força que segurava as lágrimas, e você, dizendo que não chorou, mas com os olhos (fuxiqueiros) como um barco a deriva de tanta emoção.